Até finais do século XIX, a ideia de que as crianças
tivessem algum tipo de direitos era praticamente inexistente. Uma das primeiras
manifestações, neste sentido, foi a realizada por Kate Wiggin em
"Children's Rights" em 1892, mas os pequenos tiveram que esperar até
1948, ano no qual a Organização das Nações Unidas aprovou a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, onde estes direitos foram reconhecidos de
maneira detalhada e implícita.
Mas devemos viajar a 1959, quando começaram a
preparar uma nova declaração de direitos, específicos para as crianças,
assinado em 1989 na Convenção sobre os Direitos das Crianças na ONU.
A maioria das crianças mostradas nestas
fotos, salvo fossem filhos de pais abastados, trabalhavam em serviços gerais
durante quatro horas, a cada dia, antes de ir à escola. Nos sábados seu horário
de trabalho começava as 4 da manhã e prosseguia sem interrupção até o meio dia.
No domingo, como ninguém é de ferro, descansavam.
Hoje, crianças mimadas exigem tênis e roupas
de marca que custam os olhos da cara. Naquela época, a maioria pisava o chão e
vestia roupas feitas de sacos. Muitas crianças andavam o dia todo descalço,
sobretudo nas áreas rurais. Muitos foram conhecer o primeiro calçado quando já
abandonavam a adolescência para entrar na idade adulta. Nas regiões de neve, as
crianças tinham apenas um sapato que devia durar o ano todo.
Também não era incomum ver crianças fumando,
principalmente os jornaleiros que eram viciados e tinham o costume de ficar
fumando em frente da porta da sucursal do jornal que distribuíam.
As opções de lazer eram poucas e quando
existiam acabavam invadidas por adultos também ávidos em se divertir. Sorvete?
Picolé? Nem pensar, nas épocas de calor os pequenos lambiam grandes blocos de
gelo.
Alguns trabalhos eram muito duros e faziam
mal a saúde e ao corpo. Era comum chegarem ao fim do dia com cortes nas mãos e
dedos lacerados. Tudo isso para chegar ao fim do dia e receber algo em torno de
60 centavos de dólar ao dia. Os donos de minas não pagavam um salários que
permitisse às famílias viver acima do nível de pobreza.
O incrível é que com toda esta dureza, as
crianças ainda guardavam candura alegria e disposição para brincar e correr
atrás de uma bola.
O aspecto bacana de vermos fotos com conteúdo
histórico como este é refletir que, apesar de alguns percalços e transtornos
que tenhamos passado uma e oura vez em nossa infância, em comparação com estes
garotos vivemos um paraíso.
Fonte: Metamorfose Digital