Carta de Temer: Rompimentos políticos que marcaram a história.

Rompimentos políticos que marcaram a história - Um exemplo mais recente na história do Brasil é do PT - um partido que se declarava arauto da moralidade, o mensalão significou um rompimento com o tipo de corrupção que tradicionalmente marcou a política brasileira. A ação individual dos corruptos, para fins pessoais, foi sobrepujada pelo uso político-partidário do dinheiro sujo. Segundo, José Murilo de Carvalho - historiador, o mensalão foi um caso de gravidade extrema pelo número e importância das pessoas envolvidas, pela instância máxima do julgamento (STF) e pela grande cobertura da imprensa, pode-se dizer que se trata da mais importante denúncia de irregularidade da história da República.

Na monarquia e mesmo na velha república, avalia, “havia menos gente para roubar, menos coisa a serem roubadas e um chefe de Estado com um lápis vermelho não mão para fiscalizar políticos e funcionários”. Na primeira República, também as malfeitorias eram menos comuns e mais contidas. Pondera ainda que com o crescimento do Estado, cresceram o número e a diversidade de políticos e as oportunidades de corrupção. 

Em outro contexto encontra-se a carta do vice-presidente da república do Brasil Michel Temer que direciona a atual presidente da república Dilma Rousseff em tom de desabafo e de foro pessoal sobre a forma pela qual tem sido tratado pela comandante do País, tornando-o como mero espectador da conjuntura político-administrativa. Por outro lado, Temer declara-se protagonista do PMDB tanto que assume a posição de presidente do partido. Daí a sua queixa pela completa inutilidade; depois dos inúmeros motivos que se passa a relacionar: 

1. Que durante os quatro primeiros anos de governo como vice, a presidenta só o chamava para resolver as votações do PMDB e as crises políticas;

2. Que jamais ele ou o PMDB foram chamados para discutirem formulações econômicas ou políticas do país; eram meros acessórios, secundários, subsidiários.

3. Que a presidenta, no segundo mandato, não renovou sua indicação para ocupar o Ministério da Aviação Civil, portanto mais uma demonstração de desvalorização do cargo que o mesmo ocupa, chegando assim a registrar este fato no dia seguinte ao telefone.

Contudo que se relata sobre o rompimento do PMDB com o governo do PT onde Dilma Rousseff assume o cargo de chefe do poder executivo Brasileiro, é que na verdade nunca houve a intenção de Michel Temer ou do PMDB de selar uma ruptura definitiva. Na verdade, o que se percebe é que se faz de doente para ser visitado, ou seja, a intenção é mais poder e mais privilégios quando os mesmos estão distantes e assim é que essa ciranda entre governo e parlamentares funciona no toma lá dá cá.


Kaline Matos e Samira Abreu