Movimento estudantil: Passeata contra ditadura.


Estudos mostram que nas décadas de 60 e 70, o movimento estudantil universitário brasileiro se tornou um relevante foco de mobilização social; o país movimentou uma grande quantidade de estudante na reivindicação e participação da vida política do país. Teve como representantes: os DCEs: diretórios centrais estudantis; estadual as UEEs: uniões estaduais dos estudantes; e nacional UNE: União Nacional dos Estudantes; esse movimento influenciou os rumos da política nacional.
É cabível apresentar como ocorreram essas mudanças nas universidades que contribuiu para o crescimento dos movimentos estudantis. No final da década de 50, ele começou a crescer, com a criação de várias faculdades e universidades.  O  acesso ao ensino acadêmico  passou a ser prioridade fundamental para mobilizar  o processo de modernização, é também a abertura para a mobilização e elevação social.
Com o aumento de vagas universitárias em 1968, o número de estudantes nesta modalidade dobrou e passou de 107.299 no ano de 1962 á  214 mil. Um outro ponto importante no mesmo período é o crescimento da consolidação de novas correntes  política no meio acadêmico. As novas correntes passaram a se tornarem hegemônicas e defendia ideologias voltadas para a esquerda marxista ( de defender os ideais socialista e de transformações da ordem social).
A década de 60 presenciou as primeiras grandes mobilizações em defesa de reivindicações de caráter educacional. O golpe militar repercutiu expressivamente no movimento estudantil. As correntes políticas de esquerda influentes obrigaram as autoridades militares a reprimirem as lideranças estudantis e desarticularem as representações do movimento, primeiro a UNE foi considerada ilegal, depois as UEEs e os DCEs. O cume aconteceu 1968 que marcou uma grande manifestação nas ruas contra a ditadura militar.
            Somente em 1974 começaram a surgir os primeiros sinais da recuperação do movimento estudantil. A nova geração de estudantes, que militaram e lideraram as frentes universitárias da década de 70, teve pela frente o árduo trabalho de reconstruir as organizações estudantis. O auge da retomada se deu em 1977, ano marcado pela saída dos estudantes para as ruas. Grandes manifestações de protesto e passeatas públicas mobilizaram os estudantes em defesa da democracia. As reivindicações de caráter educacional não obtiveram grande destaque. Foram as reivindicações de caráter político (defesa das liberdades democráticas, fim das prisões e torturas e anistia ampla, geral e irrestrita) que se tornaram a grande força motivacional a mobilizar os estudantes. Passo a passo, as principais organizações estudantis foram reconstruídas. Primeiro surgiram os DCEs-livres, em seguida as UEEs e, finalmente, em 1979, a UNE foi refundada.
Regime Militar no Brasil - Ditadura Militar (1964-1985)
Ditadura militar conceitua-se como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.  
O golpe militar de 1964 a crise política invadia desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O seu vice era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político atribulado. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização popular e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam um domínio do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o apogeu da Guerra Fria.
              O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em nove de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 ( AI-1 ). Este cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a permanência de funcionários públicos.
Governo Castello Branco (1964-1967), general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. E declarou defender a democracia, porém ao inicio assume uma posição autoritária. Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar. O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país, confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
Governo Costa E Silva (1967-1969) em 1967 assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição  cresce no país. A UNE ( União Nacional dos Estudantes ) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime  militar. 
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5  (AI-5 ).
Governo da Junta Militar (31/8/1969-30/10/1969) doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos  políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de “guerra psicológica adversa”.
Governo Medici (1969-1974) em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como “anos de chumbo”. A repressão à luta armada cresce e uma rígida política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censurados. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país.

             Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infraestrutura. 

Governo Geisel (1974-1979) em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades. Os militares de linha dura, descontentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil. 
Governo Figueiredo (1979-1985) a vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina.
A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos. Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Em 1985 era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 estabeleceu princípios democráticos no país.
As formas de protesto contra a ditadura ocorreu de várias formas  por meio das músicas que mesmo com a proibição os cantores com Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Caetano Veloso e Taiguara. Sofreram perseguição pelos militares. Os movimentos com os estudantis que se organizavam por meio das universidades. Os sindicatos, as igrejas se organizavam em prol de derrubar a opressão do país, e a luta pelo  direito a  democracia. Os artistas por meio da pintura também sofreram por expressar seu pensamento e sentimentos contra essa ideologia.
A passeata de mais das 100 mil em defesa dos direitos foi uma forma organizada e demonstrou a responsabilidades de tantos em busca de reivindicar com maturidade a liberdade de um país democrático com principio de luta igualitária para retomar um direito perdido no decorre do processo com os militares. A juventude de acordo as informações estudadas cada comentário apresenta a simplicidade e os ideais de luta democrática os jovens estudantes com seus discursos de universitários, operários, professores e padres, que definiram "o compromisso histórico da Igreja com o povo"., não estavam para chamar a tenção só por poder mas para demostrar o quanto a liberdade é um direito de expressão e a importância de dar a liberdade daquele que estavam preso só por não aceitar a imposição de uma politica opressora.
              A liberdade e a democracia torna o país autônomo, comprometido com a cidadania onde os direitos de expressão e de justiça são os princípios que dirige um país. Os limites e as leis são resultados de uma decisão coletiva onde todos se organizam e reflete com ideias voltadas para o bem de todos.  como:  O ECA (Estatuto da criança e do adolescente), a constituição de 1888 é considerada a mais completa, principalmente, no sentido de garantir os direitos a cidadania para o povo brasileiro. O direito ao voto que antes o politico era indicado pelos próprios políticos entre outros movimento como a greve – direito do trabalhador.



 


Alunos: Gustavo, Ítalo, Djullia e Tamara