Malala Yousafzai: a luta contra o terrorismo



Desde de 2009, Malala Yousafzai, uma garota paquistanesa de apenas 12 anos começa a sua luta contra o Talibã. Através do seu blog "Diário de uma estudante paquistanesa", pela rede de rádio e televisão BBC Urdu, ela contava o drama vivido diariamente por conta do terrorismo imposto pelo Talibã na sua região, com a proibição das meninas frequentarem as escolas. Na época foram mais de 150  fechadas e 5 explodidas no vale de Swat. Muitas famílias se mudaram temendo que as escolas virassem alvo de ataques.


Malala, em foto de arquivo
Malala Yousafzai
"Eu tive um sonho terrível ontem com helicópteros do Exército e o Talibã. Tenho tido esses sonhos desde o início da operação militar em Swat. Minha mãe fez meu café da manhã e eu fui para a escola. Estou com medo de ir à escola porque o Talibã emitiu um alerta banindo todas as meninas de frequentarem as escolas", dizia um post da garota no dia 3 de janeiro de 2009.

No post do dia 05 de Janeiro, ela ao acordar, foi avisada que o uso do uniforme estava proibido e que ela deveria usar roupas comuns, para não demonstrar para onde estava indo. 
E elas viraram. Após um tempo, todo o local onde Malala vivia foi atacado pelo grupo, inclusive sua escola. Assim, a sua família resolve mudar-se para um lugar seguro. Depois dos ataques eles visitam sua antiga casa e Malala se emociona ao encontrar seus livros e sua escola.

No ano passado, aos 14  anos,a adolescente foi premiada com o primeiro 'Prêmio Nacional da Paz' criado pelo governo paquistanês,além de ter sido indicada ao Prêmio Internacional de Crianças para a Paz, da fundação Kids Rights.  
No dia 9 de Outubro de 2012, Malala sofreu um atentado em Mingora, promovido pelo Talibã sendo baleada por dois tiros, na cabeça e no pescoço, quando estava num ônibus escolar. O grupo terrorista anunciou a autoria do atentado, argumentando que Malala seria uma  pró-Ocidente e defensora do secularismo. 

Malala recendo o Prêmio Nacional da Paz

Esse ataque motivou um sentimento de revolta na sociedade paquistanesa e no mundo contra os terroristas. Seu ideal em prol da educação não só de meninas, mas dos paquistaneses em geral,  criou uma legião de admiradores que reconheceram sua coragem. Asif Ali Zardari, atual presidente paquistanês, disse que esse ataque não diminuirá a luta do país contra os militantes islâmicos e a favor da educação feminina. 

Mulheres paquistanesas protestam contra o ataque a Malala, na última quarta-feira (Reuters)
Protestos anti-Talibã no Paquistão.
Médicos dizem que Malala continua melhorando, aumentando assim sua chance de sobrevivência. Porém uma das outras duas garotas atingidas, ainda está em estado grave, sob cuidados médicos. 
Por isso, o porta-voz do grupo extremista,Ehsanullah Ehsan, retirou as ameças feitas a vida de Malala.  Mas de acordo as leis islâmicas, qualquer mulher que lutasse na guerra contra os militantes deveria ser morta. 
Malala sendo hospitalizada

Alunas: Ellen, Laisa, Layane e Tayane.