Autópsia de D Pedro I

Em 2012 o corpo de Dom Pedro I começou a ser estudado pela primeira vez com os recursos atual na medicina. Esse trabalho foi feito pela arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel para o museu de arqueologia e etnologia da USP. Ficou confirmado que Dom Pedro I fraturou 4 costelas quando ainda estava vivo e que seu coração foi retirado do corpo logo após a sua morte. Quando D Pedro I morreu ,em Portugal, em 1834, o Doutor Tavares foi acusado de ter o envenenado.Varios membros da corte achavam que a nova Rainha D.Maria II com apenas 15 anos de idade fosse incapaz de assumir as grandes responsabilidades que o país exigia, então sendo assim a morte Dom Pedro podia significar uma nova oportunidade para os miguelistas.

 


D. Pedro morreu com 36 anos. Ele era bastante jovem, sua saúde já estava fragilizada. Ele sofria do fígado desde 22 anos, desde a infância tinha problemas nos rins. Sofreu também do pulmão esquerdo, contabilizada 36 graves quedas sofridas ao cavalgar. A de 1823 deixou-o de cama por vários dias e levou sua primeira esposa, a imperatriz Leopoldina, a fazer uma promessa oferecendo um enorme quadro a irmandade da glória em agradecimento pela recuperação de seu esposo. A tela ainda pode ser admirada no museu da imperial. Dos 13 e os 16 anos, o príncipe já havia sofrido seis severos ataques epiléticos, um deles em público durante as solenidades do aniversário de D.João V. Na noite de 27 de maio, compareceu no teatro são Carlos em Lisboa, se deparou com vaias e xingamentos da plateia. No final de julho, fez questão de retornar ao porto para agradecer a população o apoio incondicional que receberá durante a batalha.


   



No dia 20 de setembro, em seu primeiro ato como rainha. D. Maria Glória concedeu ao pai da grã cruz da torre e espada. A condecoração foi encontrada junto com os restos mortais de D. Pedro durante a exumação. No dia seguinte do ex-imperador recebeu o viático, sacramento cristão só concedido a quem está prestes a morrer. Ainda agonizaria por mais de 3 dias, até finalmente falecer na saída de Dom Quixote, mesmo quarto em que nascera. A autópsia constatou a falência de diversos órgãos. Pela autópsia do corpo viu-se que o pulmão direito estava cheio de água, que continha mais de 2 litros e o esquerdo não existia. O coração estava dilatado. Provavelmente o comprometimento dos pulmões e do fígado sobrecarregou o coração, que paraísos encontrava-se hipertrofiado. O coração de D. Pedro foi retirado de seu corpo durante a autópsia, embalsamado e enviado alguns meses despiam para a cidade do Porto.

Os funerais foram realizados no Panteão de São Vicente de Fora, mausoléu da família Bragança. Seus restos mortais repousariam em Lisboa até 1972 , quando em comemoração ao sesquicenário da independência. Percebendo a necessidade de melhor organizar o corpo médico do Rio de Janeiro e de Niterói, até então com pouca expressividade política, o Dr. Tavares tornou-se o primeiro presidente do imperial Instituto médico fluminense, criado em 1867 com o objetivo de promover o debate de questões médicas entre os profissionais e avaliar o governo em relação ao problema das epidemias que gravassem na época.



 






                                                                                      Mel Leal, Lesley Beatriz e Alana Araújo