RISCO DE TERRORISMO NO BRASIL

Por existe esse risco? 

Os Jogos Olímpicos já foram alvo de atentados terroristas. Em 1972, durante os Jogos de Munique, 11 membros da delegação de Israel e um policial alemão foram mortos por militantes do grupo Setembro Negro, ligado à Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Em 1996, em Atlanta, duas pessoas morreram por causa da explosão de uma bomba no Parque Olímpico.
Até recentemente, a única ameaça concreta ao Brasil conhecida era um texto escrito numa rede social por Maxime Hauchard, um dos chefões do Estado Islâmico na mensagem Maxime dizia “Brasil, vocês são o nosso próximo alvo”, em francês, publicada dias após os atentados de novembro de 2015 em Paris.

Conhecido como "o carrasco", o francês Maxime Hauchard é suspeito de ser um dos terroristas que aparecem em vídeos decapitando pessoas sequestradas ou feitas prisioneiras pelo grupo terrorista.

A Abin publicou um relatório que determina o potencial de ameaça terrorista durante a passagem da tocha olímpica por 300 cidades brasileiras
Ainda segundo a Abin, a participação de um grande número de pessoas e a passagem por vários municípios foram considerados fatores que trazem desafios à segurança quando a Tocha Olímpica no Brasil.
Por existe esse risco?

- O risco existe porque o Estado Islâmico tem ganhado diversos seguidores ao redor do mundo, e esses seguidores são treinados basicamente a distância, pela internet. Conforme confirmado pelo líder do EI, o Brasil também possui diversos integrantes.

- Como são pessoas muito isoladas (lobos solitários), elas passam despercebidas pela multidão, e a chance para a polícia identificar um ataque antes de ocorrer é praticamente nula.

- Outro fator importante e preocupante é a falta de preparo da nossa polícia, ela que já não é muito treinada para grandes eventos, é extremamente principiante em ataques terroristas.

- A Olimpíada, além de aglomerar pessoas, também é um chamariz para estrangeiros, que poderão circular livremente pelo país. O Estado Islâmico conta com mais de 3 mil milicianos, a maioria estrangeiro.


Estamos preparados?
Os ataques em Paris atestaram o poder de adaptação do Estado Islâmico. O grupo terrorista mostrou-se capaz de driblar os serviços de inteligência de uma grande potência e ceifou vidas inocentes em uma das maiores metrópoles do mundo. Para Gunther Rudzit, especialista em segurança internacional e coordenador do curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, o EI é difícil de ser combatido porque é imprevisível. “Ataques em aeroportos, aviões, arenas e até mesmo na Vila Olímpica parecem improváveis, há um grande preparo para esse tipo de evento. Mas o Estado Islâmico preocupa porque pode atacar restaurantes, bares e casas de shows deliberadamente”, diz.
Segundo Piquet, o Brasil tem tropas especiais bem preparadas, mas faltam protocolos de integração entre as polícias. “Temos um problema que é a distância entre as forças de segurança federais e estaduais. Diferente da França, precisaríamos fazer um esforço de coordenação muito maior para dar uma resposta organizada a um atentado terrorista”. Adalberto lembra que, durante as Olimpíadas, o Brasil contará com cooperação internacional na proteção dos atletas e da sociedade em geral. “A segurança será feita em conjunto com forças de policiais e de inteligência de outros países com experiência em terrorismo”.
           





Alana, Mel e Lesley