A República
Populista indica um período da história política do Brasil que envolve as
décadas de 1930 e 1960. Nesse tempo, o país foi presidido por Getúlio Vargas
(1930 – 1945), Gaspar Dutra (1946 – 1951), mais uma vez por Getúlio Vargas
(1951 – 1954), Café Filho (1954 e 1955), Juscelino Kubitscheck (1955 - 1961),
Jânio Quadros (1961) e João Goulart (1961 - 1964).
Tendendo a negar qualquer identificação ou
classificação com a dicotomia direita e esquerda surge populismo, tratando-se de um movimento multiclassista,
embora nem todo movimento possa ser considerado populista, onde provavelmente desafia qualquer definição abrangente . Acompanhado pela afirmação dos direitos das pessoas comuns de
enfrentarem os interesses de grupos privilegiados, habitualmente considerados “inimigos do povo e da nação”.
Da mesma
forma, é também demagogia, na medida em que estabelece um vínculo
emocional com o “povo”, tratado como categoria abstrata. O resultado é sempre o autoritarismo consentido e uma dominação imperceptível por quem é dominado.
No ano de
1946, o Brasil ganhou uma nova constituição responsável pela reintrodução da
democracia no contexto político brasileiro. Entretanto, após os vários anos em
que Getúlio Vargas se colocou a frente do governo, o cenário político
brasileiro se mostrou tomado por várias tendências carentes de uma orientação
política mais bem articulada. Chegando à
década de 1960, o populismo começava a sentir os seus primeiros sinais de
crise. Já não era tão simples para os governantes brasileiros agradar os
trabalhadores do país sem que para isso o interesse dos grandes empresários
fosse prejudicado. Vários setores populares da sociedade se articulavam em
favor de transformações sociais mais profundas no nosso país. Foi daí que os setores
mais conservadores entenderam tal contexto como uma grave ameaça à nação e,
desse modo, apoiaram uma intervenção militar na política do país.
No ano de 1964, quando João Goulart era presidente do Brasil, o período populista se encerrou com o início de um regime controlado por forças militares. As liberdades individuais foram severamente controladas e todos os movimentos sociais daquela época foram duramente perseguidos pelo novo governo que chegava ao poder. Assim, a era populista deixava lugar para um regime controlado por militares que durou até o ano de 1985.
No ano de 1964, quando João Goulart era presidente do Brasil, o período populista se encerrou com o início de um regime controlado por forças militares. As liberdades individuais foram severamente controladas e todos os movimentos sociais daquela época foram duramente perseguidos pelo novo governo que chegava ao poder. Assim, a era populista deixava lugar para um regime controlado por militares que durou até o ano de 1985.
O populismo, em seu sentido
mais geral, marcaria a passagem de uma sociedade tradicional para uma moderna.
Foi nessa
ausência de organização ideológica que o populismo abraçou intensamente o
desenvolvimento da democracia, tendo como resultado um país em que as demandas econômicas e
sociais se confundem com as demandas políticas. Quando um empregado recebe um
aumento, provavelmente ele contribuiu para o serviço da empresa e, portanto,
seu trabalho enriqueceu a sociedade. Quando o funcionário recebe um aumento,
provavelmente ele fez greve e acabou, na verdade, empobrecendo a sociedade.
Para todos os efeitos no cidadão-cliente, produtividade e privilégio político
são a mesma coisa.
No Brasil, Getúlio
Vargas é o exemplo maior do populismo. Apesar de toda a repressão exercida por
Vargas conseguiu ser democraticamente eleito pelo povo o que mostra sua
popularidade diante das grandes massas. Seu “interesse” pelos pobres, o que o
levou a ser apelidado de “pai dos pobres”, dá uma dimensão do populismo
assumido por Getúlio Vargas. A manipulação das massas é compreensível na medida
em que a industrialização fez migrar para as grandes cidades um grande
contingente de trabalhadores das zonas rurais como também de outros países. Estas massas
vindas de diferentes lugares tinham dificuldades de organizar-se e, assim,
preferiam confiar seus anseios àquele que se dizia um amigo, o líder populista.
No entanto é preciso primeiramente
entender o que o condiciona e de que forma ele opera. Em geral, é uma invocação
do povo contra a elite que se realiza pela construção de privilégios políticos
que, por sua vez, geram uma demanda por maior privilégio. É tão difícil
derrotá-lo que as reformas da era Vargas continuam sendo os mais insuperáveis
obstáculos para o desenvolvimento brasileiro.
O eleitor que quiser melhorar o bem estar do
brasileiro deve, ao analisar as propostas políticas dos candidatos, se perguntar
se ele está combatendo ou favorecendo o populismo.
Presidente Getúlio Vargas
Alunas: Elen Cardozo, Brenda Matos, Michele