Cordas da intolerância: censura do chumbo.


Intolerância nada mais é do que uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões. A sociedade está cada vez mais sofrendo derrotas através das formas de expressão, não se está tendo mais tolerância às causas diferentes. A liberdade de expressão, não está sendo mais respeitada, temos que saber respeitar as diferenças mesmo sem aceita-las, porque se queremos ser respeitados temos que respeitar também, fazer por onde... Intolerância e desrespeito geram violência. Ficou conhecido na história brasileira como "anos de chumbo" o período em que esteve no poder o general Emílio Garrastazu Medici, o terceiro presidente eleito indiretamente desde o Golpe Militar de 1964, e membro da chamada "linha dura" das Forças Armadas, favorável a um aumento dos métodos repressivos e antidemocráticos.
A imprensa foi alvo da censura durante a ditadura instaurada pelo golpe civil-militar de 1964, que assumiu múltiplas formas: a lei da imprensa de 1967, a censura prévia, em 1970, a autocensura. Deu-se o golpe! Os jovens universitários liberais e de esquerda não precisavam de motivação mais convincente para reagir. Como armas, tinham sua ideologia, os argumentos, os livros. Foram afugentados do mundo acadêmico, proibidos de estudar, de frequentar as escolas, o saber entrou para o índex nacional engendrado pela prepotência.
As pessoas tinham as casas invadidas, gavetas reviradas, papéis e livros confiscados. Pessoas eram levadas na calada da noite ou sob o sol brilhante, aos olhos da vizinhança, sem explicações nem motivo, bastava uma denúncia, sabe-se lá por que razão ou partindo de quem, muitas para nunca mais serem vistas ou sabidas. Ou mesmo eram mortas à luz do dia. Ra-ta-ta-ta-tá e pronto.
Censura é o uso pelo ou grupo de poder, no sentido de controlar e impedir a circulação de informação. A censura criminaliza certas ações de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte.
O propósito da censura está na manutenção do status, evitando alterações de pensamento num determinado grupo e a consequente vontade de mudança. Desta forma, a censura é muito comum entre alguns grupos, como certos grupos de interesse e pressão (lobbies), religiões, multinacionais e governos, como forma de manter o poder. A censura procura também evitar que certos conflitos e discussões se estabeleçam.
O mais conhecido e importante órgão de repressão dos anos de chumbo seria o DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna), o principal centro de investigação e repressão utilizado pelo governo militar. Em sua sede, em São Paulo, inúmeros presos políticos foram violentamente torturados, levando sequelas de tal agressão para o resto de suas vidas, ou ainda pior, morreram devido à tortura, muitas vezes sendo enterrados em valas comuns, sendo que tais mortos eram registrados como "desaparecidos", uma tentativa do regime de esconder o trabalho sujo realizado nos bastidores de um regime que propagava a grandeza do país.
Quanto a reação da população, surgiram grupos, e se uniram, veja:
Deixando os militares um pouco de lado e falando da resistência civil a esse regime, podemos citar o surgimento de uma guerrilha rural. Esta era uma estratégia do PC do B, parte do partido PCB que optou pela separação e escolheu se engajar na luta armada contra o regime ditatorial. Esta luta começou na parte mais remota do Brasil e a partir dali começaria uma ofensiva aos grandes centros. Tal grupo armado ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia que foi, posteriormente, reprimido pelo governo e seus participantes presos e mortos.
Muito destes “revoltosos” foram capturados e identificados pelo DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Informações de Defesa Interna), o principal centro de investigação e repressão utilizado pelo governo militar nos Anos de Chumbo. Em sua sede muitos presos políticos foram violentados, torturados e até mesmo mortos, jogados em valas e registrados como “desaparecidos”, em uma tentativa de limpar o trabalho sujo que fizeram.




Integrantes: Karine Oliveira, Nayla Araújo e Taís Oliveira.
Professor: Flávio di Souza.