Ditadura participação politica

A participação política designa uma grande variedade de atividades, como votar, se candidatar a algum cargo eletivo, apoiar um candidato ou agremiação política, contribuir financeiramente para um partido político, participar de reuniões, manifestações ou comícios públicos, proceder à discussão de assuntos políticos etc.
Entre os anos de 1964 e 1985, o Brasil foi governado pelos militares. Nesse tempo, com um pouco mais de duas décadas de duração, vemos o acontecimento de várias situações que mostram as diversas transformações vividas nessa época.
Na política, vemos que o regime militar diminuiu os espaços de participação política dos cidadãos. Naquela época, o governo permitiu apenas que dois partidos políticos funcionassem: a Aliança Renovadora Nacional, também conhecida como ARENA, e o Movimento Democrático Brasileiro, mais comumente chamado de MDB.
Os partidos influenciados pelos valores comunistas e socialistas foram proibidos de funcionar, pois eram considerados ameaçadores à segurança nacional. Para alguns estudiosos, essa proibição teve influência do cenário político internacional, que foi marcado pela Guerra Fria. Nesse tempo havia uma forte oposição entre os países socialistas e capitalistas. Os Estados Unidos, maior nação capitalista do mundo, se esforçava politicamente para que as nações da América não fossem governadas por grupos políticos socialistas e capitalistas e, por tal motivo, apoiou o regime militar brasileiro
No momento em que o regime militar ganhou força, os grupos de comunistas e socialistas foram desarticulados pelos militares. Em resposta, alguns dos integrantes desses grupos decidiram pegar em armas para lutar contra o regime militar, formando as chamadas guerrilhas. Tal situação acabou gerando vários episódios de violência: como o uso da tortura como forma de intimidar os que lutavam contra o regime militar ou a realização de atentados contra as instituições militares que defendiam o governo.
No campo econômico, vemos que o Brasil experimentou situações bastante diferentes. No começo do regime militar a inflação e as mazelas sociais tomavam conta de toda a nação. Para tentar superar esse problema, os militares abriram a economia para o capital estrangeiro, buscaram financiamento no exterior e realizaram grandes obras. Tal situação acabou criando o chamado “Milagre Econômico”, no qual o país teve grande índices de desenvolvimento econômico.
A ditadura militar teve seu marco principal pela censura que era instituída pelo AI-5 (ato constitucional). Ele não permitia críticas sobre o governo militar, na época uma música chamada ‘’ pra não dizer que não falei das flores’’ criticou o governo indiretamente fazendo com que se espalhasse pelas ruas e fazendo com que as pessoas fossem protestar nas ruas contra a ditadura militar.

Para disfarçar as grades corrupções no governo de Médici ele fazia grandes festejos em cima da copa com o intuito de chamar a atenção do povo para o futebol e passar a ver o governo dele como um grande influenciador do futebol brasileiro, por coincidência e para sorte de Médici o Brasil foi o campeão da copa no ano.

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores


Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.







Emili e Nathali