Ocupar com k
Os squatters
invadem espaços
abadonados para contestar o
capitalismo
e a cultura de massa
Termo “gentrificação “ é usado para explicar um
importante mecanismo de manutenção de espaços ociosos, sobretudo nas regiões
centrais das grandes cidades. São transformações que tem como fim recuperar o
valor de áreas especificas, almejando enobrece-las. Em reposta a esse jogo de
interesses o movimento squatter desafia as politicas excludentes ligadas à
especulação imobiliária. Seu método são as ocupações.
A pratica
não é recente. O movimento nasceu na Europa dos anos 1960, propondo, como
alternativa à falta de moradia, a ocupação de casas, apartamentos e prédios
desocupados ou abandonados em razão da especulação. A partir da década de 1980,
essa modalidade de luta urbana estreitou vínculos com a cultura punk e o
anarquismo. Essa aliança politico-cultural fez geminar diversos centros de
atividades sociais.
Tipicamente
urbanos, os squatters ou okupas atraem uma diversidade de aspectos; desempregados,
estudantes, punks, anarquistas, ecologistas, feministas, artistas... Ao grafar
okupação com K ,o objetivo é diferenciar-se de outras categorias de ocupações
urbanas focadas unicamente no direito à moradia, a exemplo no Brasil de
coletivos que reivindicam reformas urbanas, com a União dos movimentos de
Moradia, o Movimento dos trabalhadores Sem-Teto e a Frente de Luta pela
Moradia. No caso das okupações, a questão do direito à moradia também esta em
voga, mas acompanha de motivações politicas que almejam a criação de espaços
culturais, como ateneus libertários, bibliotecas e oficinas.