Minorias: Marginalização Social



São grupos marginalizados dentro de uma sociedade as minorias  envolvidas em contextos e  aspectos econômicos, sociais, culturais, físicos ou religiosos. No entanto esse termo não pode ter a mesma justificativa numérica de menor.  A marginalização social é  entendida como um desvio às normas do controlo social e um afastamento por parte de minorias das relações socioculturais que regulam o tecido social envolvente.
É um fenômeno que trata  da exclusão de grupos sociais, fazendo com que estes não pertençam à sociedade  e atualmente mais evidente reivindicam seus principais direitos clamando por um tratamento igualitário, autonomia e independência completa.
Hoje as classes marginalizadas ainda são muito descriminadas, porem essas situações são, menos vistas porque durante muitos anos pessoas estão organizadas em lutas por direitos de igualdade no mundo todo.

No século XX, o caso mais conhecido de perseguição as minorias ocorreu na Alemanha na época em que Adolf Hitler assumiu o poder. Neste período, o partido nazista encarcerou e exterminou milhões de judeus com a justificativa de que eles não faziam parte da superioridade biológica e racial ariana. Entre outros grupos, os nazistas perseguiram comunistas e ciganos, o que configura a reação contra minorias de cunho não apenas religioso, mas ideológico e social.

Ao longo da história, diversos acordos e tratados tiveram o objetivo de resolver a questão dos grupos minoritários. Durante o século XVI, a Paz de Augsburgo  reivindicou os direitos das minorias no que se refere à prática livre dos cultos religiosos que não fossem oficiais nos países. No período após as duas grandes guerras mundiais, que evidenciaram a extrema violência contra as minorias, estimulada pelo nacionalismo, foram estabelecidos tratados de proteção aos grupos minoritários. Por meio da Liga das Nações, fundada no ano de 1919, poderia haver intervenções caso alguma minoria fosse novamente perseguida.

Estudadas por profissionais de diversas áreas do conhecimento, as novas minorias foram definidas nos séculos XX e XXI. Neste grupo, encontram-se os homossexuais, idosos, imigrantes e pessoas que não possuem domicílio fixo. No caso dos homossexuais, são publicamente apontados por sua diferenciação ainda hoje. Já os imigrantes, em muitos países, são considerados parasitas.
Entretanto, nos dias atuais, as minorias estão conquistando, passo a passo, suas reivindicações, decididas a não aceitar menos do que merecem. A Constituição, em vigor, proíbe qualquer tipo de discriminação com base em raça, etnia, religião, sexo etc., assegurando os direitos da cidadania. Isto inclui proteção para os deficientes, homossexuais, negros, grupos religiosos, incapacitados, índios, pobres e outros que sofrem rejeição por causa de suas diferenças

Apesar disso, existe de forma oculta, no País, certo desprezo em relação aos não brancos, principalmente se estes são desprovidos dos meios elementares de subsistência. As estatísticas mostram que de cada dez pessoas pobres, seis são negras e que os negros representam a maioria da população carcerária nacional. Quanto à justiça social, que pode ser medida em termos de desigualdade da distribuição da riqueza, o Brasil é o país mais desigual do mundo: os 10% mais ricos da população controlam 51% da riqueza pátria. A discrepância de salários é absurda: 90% da população ganha pouco mais do que um salário mínimo. 40 milhões de brasileiros, nas grandes metrópoles, moram em favelas ou algum outro tipo sub-humano de moradia. É paradoxal o fato de ricos e pobres viverem tão afastados socialmente e tão próximos geograficamente.
Outra classe social, em verdadeira desvantagem no Brasil, é a dos idosos, discriminados socialmente e dentro da própria família. Trata-se de uma dura realidade o abandono, o descaso e a marginalização em que vivem os mais velhos. De igual, pode-se dizer das crianças e adolescentes, subjugados ao vício das drogas e explorados sexualmente. 

Estas minorias, tais como os homossexuais, bem como minorias religiosas, são consideradas pessoas das quais a sociedade precisa manter distância. Não existe uma solução fácil para o problema da discriminação e o preconceito, embora, para a resolução do problema, seja suficiente entender que “diferente” não significa nem melhor, nem pior, mas apenas “diferente” e que é plenamente possível uma convivência harmoniosa e igual entre todos os homens.
                                             
                                    Alunas: Elen Cardozo, Brenda Matos e Michele.