Corrupção da bola: Os crimes do futebol


O futebol brasileiro teve sua ascensão internacional iniciada no distante 1952, quando a Seleção conquistou o Pan-americano de Santiago do Chile, derrotando o Uruguai por 4×2, e o Chile, na final por 3×0. Resgatamos assim, em parte a derrota, na final de 1950, ocasião em que perdemos a Copa do Mundo para o Uruguai por 2×1, no Maracanã. A ascensão seria interrompida em 1954, mas retomada nas jornadas heroicas de 1958 e 1962. Interrupção em 1966, porém volta ao pódio mundial em 1970 com a Seleção de Ouro. O futebol brasileiro voltaria a se consagrar em 1994 e 2002, tornando-se o único país a se tornar pentacampeão.

O Partido dos Trabalhadores, a exemplo do futebol, teve sua fase de ascensão, sem dúvida. Tanto assim que, com Lula à frente venceu quatro eleições presidenciais seguidas. Mas agora entrou em franco declínio, em decorrência da avassaladora corrupção na Petrobrás e de medidas impopulares assumidas pela presidente Dilma Rousseff a exemplo do veto à diminuição do fator previdenciário herdado de FHC e não corrigido ao longo de 12 anos.

Os personagens são os mesmos. Ricardo Teixeira, Nike, pessoas ligadas à transmissão desse esporte querido, empresas que negociam com patrocinadores, dirigentes da Fifa, da Conmebol. Os esquemas são, a corrupção, propinas, falta de transparência. A grande diferença é que houve uma investigação profunda do FBI que não deixa dúvidas.

Desta vez, depois de 15 anos, acredito que será feito justiça. A CPI vai chegar ao seu final e chegar a esta estrutura viciada que sempre comandou o futebol no Brasil.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar se foram cometidos no Brasil crimes ligados ao suposto esquema de corrupção no futebol.

O inquérito foi instaurado por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. De acordo com o ministro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi informado sobre a decisão. Segundo Cardozo, ele e Janot vão se reunir para acertar uma atuação conjunta entre PF e Ministério Público Federal na investigação.

Com a experiência de anos, colhendo informações com relação aos fatos da vida da FIFA, o jornalista britânico Andrew Jennings disse: “Ele sabe de absolutamente tudo”.

A chamada operação Jules Rimet, não é um problema novo para a FIFA. Em 2006, Jack Warner, ex-presidente da CONCACAF, a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e do Caribe, aparentemente faturou alto vendendo ingressos para a Copa no mercado negro. Philippe Blatter, sobrinho do presidente da FIFA, é presidente da Sports and Media Company e detém ações da Match. Humberto Grondona, filho de Júlio Grondona, vice-presidente da FIFA, também está sendo acusado de vender ingressos para a Copa do Mundo. No geral, segundo relata Kenneth Maxwell, essas vendas ilegais são estimadas em US$100 milhões para esta Copa. Então podemos ver que, com tudo isso, não é de hoje essa corrupção.

O Delegado responsável pelo caso entregou relatório para o Ministério Público se posicionar com relação ao ajuizamento de ação penal e pediu a prisão preventiva de onze pessoas acusadas de atuar numa associação criminosa, que negociava ingressos de hospitalidade para a Copa. Para a Polícia Civil do Rio de Janeiro o grupo liderado por Whelan desviava ingressos dos pacotes de hospitalidade e de federações nacionais de futebol, como a CBF, além de entradas individuais ou adquiridas de operários dos estádios dos mundiais. Em centenas de conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial, Whelan aparece em negociações de ingressos com Lamine Fofana, que seria o principal operador do esquema. Para a Polícia o grupo pretendia arrecadar até R$200 milhões até o fim da Copa e atuava ao menos desde o mundial de 1998.

Para a final, o processo "Apito Dourado" estão em causa cerca de 188 crimes de corrupção, corrupção desportiva e prevaricação (cinco) que se estendem por 27 arguidos, 13 dos quais são árbitros. A acusação do Ministério Público, segundo dados recolhidos pelo DN, diz respeito a 26 jogos da II Divisão B na época 2002/2003. José Luís Oliveira, ex-presidente do Gondomar SC, deverá ser o arguido com maior número de acusações: 26 crimes de corrupção activa e 21 crimes de corrupção desportiva activa. Valentim Loureiro não será diretamente acusado de corrupção, mas os 26 crimes imputados são na forma de cumplicidade.



    


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Integrante: Débora Sena