Inicialmente utilizado para
a caça de animais e mais tarde como arma de guerra e prática esportiva, o arco
e flecha é praticado há mais de 3 mil anos. Pinturas em cavernas e outros
achados arqueológicos comprovam seu uso desde o Período Paleolítico, Idade da
Pedra Lascada. Os Assírios e Babilônios usaram o arco em guerras até 539 A.C.
Com a descoberta da pólvora, o arco sobreviveu como lazer de nobres que
passaram a competir entre si. A primeira competição registrada aconteceu em
Finsbury, Inglaterra, em 1583.
Porém o que veio a
transformar a modalidade pesca com arco e flecha em esporte aconteceu em 1500,
quando Pedro Álvares Cabral achou o Brasil e viu nos índios daqui com aquelas
armas obsoletos, quando os índios incorporaram a cultura portuguesa e europeia,
eles contribuíram de diversas formas. Entre tantas foi a criação do então
esporte olímpico Arco e Flecha, modalidade da qual eles são peritos.
O arco e flecha foram aceito
como esporte olímpico nos Jogos de Paris em 1900. No início dos jogos, os arqueiros
competiam em diversas categorias e podiam ganhar várias medalhas. Hubert van
Innis (Bélgica) é o arqueiro com maior número de medalhas na história dos Jogos
Olímpicos, com 6 medalhas de ouro e três de prata em 1900 e 1920. A entrada das
mulheres nesse esporte deu-se nos Jogos de Saint Louis, em 1904, tendo a
americana Linda Howell como campeã com três medalhas de ouro. A ausência de um organismo internacional que
se responsabilizasse pela organização do esporte fez com que a frequência do
arco e flecha nos Jogos Olímpicos fosse falha. A modalidade não esteve presente
em Estocolmo, 1912, voltou em 1920, na Antuérpia, com novas regras e nove
provas, mas não teve continuidade em Paris (1924) e Amsterdã (1928). Um ano
antes dos Jogos de Los Angeles (1932), foi criada na França a Fédération
Internatiole de Tir a I''Arc (FITA), mas isso não foi suficiente para inserir a
modalidade nos jogos seguintes. Durante 52 anos o esporte ficou fora das
competições olímpicas e só retornou em 1972, nos Jogos de Munique, Alemanha. A
FITA inseriu novas regras que modernizaram as provas. As disputas masculinas
passaram a ser em duas séries de tiros, ou dois Fita rounds. Em cada uma dessas
séries cabia ao atirador lançar, em um alvo de dez anéis, um total de 144
flechas, de 36 a 36, em quatro distâncias diferentes - 90, 70, 50 e 30 metros.
Cada acerto no centro do alvo valia dez pontos. Portanto, em cada um dos
rounds, o atirador poderia obter um máximo de 1.440 pontos. Para as duas
séries, 2.880 pontos. Na reestreia do esporte o soldado norte-americano John
Williams levou ouro. As mulheres podiam disputar dois rounds com distanciais
diferentes da prova masculina - 70, 60, 50 e 30 metros. Em Munique o ouro foi
para a norte-americana Doreen Wiber, de 42 anos.
O tiro com arco
chegou ao Brasil na década de 1950, pelas mãos de Adolpho Porta, um comissário
de vôo da Panair do Brasil. À época, ele estava baseado em Lisboa, onde se
encantou pelo esporte. Em 1955, quando retornou ao Brasil, desembarcou no Rio
de Janeiro trazendo na bagagem alvos, arcos e flechas, além de um regulamento
da Federação Internacional. Em 19 de novembro de 1958, foi fundada a Federação
Metropolitana de Arco e Flecha, no Rio de Janeiro. Em 1991, nasceu a Federação
Brasileira de Tiro com Arco, mas a primeira participação do Brasil em
Olimpíadas ocorreu bem antes disso, em 1980, nos Jogos de Moscou.
O campo de competição deve ser plano e sem
obstáculos para os arqueiros. Somente esse tipo de categoria (outdoor) e o arco
recurvo ou olímpico fazem parte dos Jogos Olímpicos e Pan-Americanos. Nas
Olimpíadas, ocorrem disputas apenas na prova FITA Olympic Round – 70m
individual e por equipes, no masculino e no feminino.
O arco e flecha é um esporte
que requer grande capacidade de concentração e pontaria, assim como boas condições
físicas, imprescindíveis para conseguir o equilíbrio adequado entre as várias
partes do corpo.
Por: Everton Vinícius, Pablo Vinícius, Vinícius Miranda 9º ano