A Revolução Russa
Por: Willen Júnior, Ana Frandcielly e Gabriel
Araújo- 9° ano
A Revolução Russa de
1917 foi um dos principais acontecimentos do século XX. Acontecimento esse que
surgiu durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
No século XIX, a Rússia juntamente com a Inglaterra, a França, a
Alemanha e a Áustria, era uma das maiores potências européias, porém enquanto
os outros países cresciam, faziam reformas e se industrializavam, a Rússia não
se modernizava, era considerada um país
atrasado em relação aos demais. Sua economia baseava-se na agricultura.
Os servos trabalhavam, mas os senhores feudais não tinham interesse de
modernizar as plantações. O país era governado pelo Czar (Imperador),
que tinha poder absoluto.
Entre os anos de 1854 e 1856, a Rússia entrou em
guerra com a Inglaterra, França e Turquia (Guerra da Criméia), mas foi derrotada
justamente por causa do atraso em que se encontrava o país.
Então, o Czar Alexandre II tomou algumas
providências: aboliu a servidão, vendeu terras aos camponeses e mandou ocupar
novas áreas agrícolas.
Tudo isso trouxe benefícios para o país, mas esse
aumento trouxe também algumas consequências graves, como por exemplo, a
dificuldade de se encontrar emprego e a baixa produtividade agrícola o que
gerou fome e revolta.
O governo buscando uma saída estimulou um programa
de industrialização, com isso, entre os anos de 1880 e 1900 a Rússia
apresentou as maiores taxas de crescimento industrial. Enquanto o país se
modernizava o absolutismo predominava e
isso causava desagradava a população que se unia cada vez mais.
Em 1904 a Rússia se envolveu em uma guerra contra o
Japão. Este conflito desorganizou a economia piorando a situação dos operários
e camponeses. A derrota aumentou os
ânimos contra o czar. O czar promoveu um massacre, aumentando ainda mais a
revolta do povo.
Grande parte da oposição era
socialista e se baseava nas ideias de Karl Marx, eles acreditavam que todos os problemas
do país só acabariam se o capitalismo fosse abolido e o comunismo fosse implantado.
Os comunistas se dividiam em dois grupos: os Bolcheviques
que queriam derrubar o czarismo pela força e eram liderados por Lênin, e os Mencheviques que propunham a
implantação do socialismo através de reformas moderadas.
Com a Primeira Grande Guerra (1914) o povo
russo se sentiu na obrigação de lutar, porém o combate trouxe algumas
consequências como desorganização da economia, forme, pobreza, saques, passeatas,
protestos contra o czar e sua renúncia em 1917. Assim, o governo provisório assumiu
o poder e adotou medidas como: anistia para presos políticos, liberdade de imprensa
e redução da jornada de trabalho para 8 horas.
Estas medidas agradaram à burguesia, mas os
camponeses e operários não gostaram.
Lênin apoiado conquista a capital obrigando o
governo provisório a renunciar e assumindo o governo em 1917. Eles acreditavam
que só o comunismo poderia trazer felicidade para os russos.
Em 1921, foi permitido ao povo a abertura de
pequenos negócios. Os camponeses voltaram a produzir para vender no mercado e
as grandes empresas estatais passaram a considerar as necessidades de consumo
do povo. Esta série de medidas ficou conhecida como Nova Política Econômica (NEP) . Nas cidades, os grandes empresários lucravam com essa nova
economia e isso fortaleceu o aumento das desigualdades sociais.
Após a morte de Lênin, Trotsky (chefe
do exército) e Stálin foram os dois líderes
que disputaram o poder. Stálin saiu vencedor.
Assim, a Revolução
compreendeu duas fases distintas: A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário
ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último
Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho
liberal e A Revolução de Outubro
(novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique,
liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo
socialista soviético.
Decidido a industrializar o país Stálin só podia
contar com dinheiro que vinha da agricultura. Para aumentar a produtividade,
foram criadas as fazendas coletivas e muitos camponeses foram obrigados a
entregar o gado e as terras ao estado para trabalharem nestas fazendas.
Nas fábricas, os operários foram proibidos, sob
ameaça de morte, de fazer greve ou mudar de emprego. Apesar disso, as metas de
Stálin foram alcançadas e a União Soviética passou por um processo de modernização e
industrialização. Porém, o totalitarismo implantado por Stálin na URSS também
não trouxe a democracia.