O homem mais poderoso do mundo: Eleições Americanas

Esse ano teremos as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Eleições que decidirão quem será aquele que controlará a atual maior potência tanto econômica quanto armamentista.
Por lá, temos dois partidos que são, geralmente, os mais votados, O Partido Republicano e o Partido Democrata. Não temos ainda candidatos definidos. Mas, os que mais estão avançando nas pesquisas são: Donald Trump, Ted Cruz e Marco Rubio (Republicano), e Bernie Sanders e Hillary Clinton (Democrata).
Vamos agora entender como funciona o processo para a escolha do sucessor do atual presidente americano Barack Obama.
O processo para chegar à Casa Branca começa no dia 1º de fevereiro com a votação em Iowa. As primárias ocorrem nos dois grandes partidos dos Estados Unidos: O Democrata e o Republicano. O processo vai até julho e se assemelha a um jogo de futebol americano, disputados nos 50 estados, os competidores tentam ganhar território avançando jarda por jarda, ou estado por estado, esmagando seus oponentes para conseguir seus votos.
O sistema de escolha é variado a cada estado, o mais comum é a eleição primária que ocorre em 39 estados. Os eleitores vão às urnas e escolhem seus candidatos como em qualquer pleito. Alguns estados possuem primárias abertas, nelas, qualquer pessoa pode votar, filiado ou não a um partido. Em outros estados as primárias são fechadas e só votam filiados aos partidos.
Há ainda um sistema mais peculiar: O Caucus. Os Caucus são grandes reuniões de bairro, as pessoas se juntam em casas, escolas, bibliotecas e igrejas e debatem quem é o melhor pré-candidato. Os Caucus também podem ser abertos ou fechados.
Tanto os votos das primárias quanto os dos Caucus não vão diretos para candidatos, mas sim para delegados. Nas primárias, os delegados são definidos ao fim do processo. No Caucus, tudo demora mais. As pessoas escolhem delegados de bairros, depois, os delegados de bairros se reúnem com outros colegas de outros bairros e escolhem delegados municipais, e depois se reúnem com outros colegas de outros municípios para escolher os delegados distritais, e só então os delegados distritais se reúnem com colegas de outros distritos, para assim escolher os delegados estaduais. São os delegados estaduais que vão representar os eleitores nas convenções nacionais dos partidos que ocorrem em julho e definem o candidato de cada partido.
No partido democrata impera o sistema proporcional, ou seja, cada candidato recebe o número de votos proporcional ao número de votos recebidos. Já o partido republicano tem regras distintas para cada estado. Em alguns estados, é a regra de votos proporcionais, em outros, é o sistema majoritário conhecido como “The Winner Takes It All” (O vencedor leva tudo), onde o pré-candidato mais votado leva todos os delegados do estado, e o 2º, 3º ou 4º não levam nada, mesmo que a diferença tenha sido de um único voto.
Parece confuso e pouco transparente, e é mesmo, o sistema eleitoral americano é muito criticado por deixar de fora eleitores, e por não conseguir mobilizar pessoas que mais tarde vão votar nas eleições. Mas por incrível que pareça, o atual sistema de indicação foi adotado na década de 70, no esforço dos partidos para tornar o processo mais aberto e democrático. Antes, as elites do partido controlavam a escolha do candidato. Depois que as primárias terminam, nas convenções partidárias de julho, é que de fato começa a corrida presidencial Americana. E todo o processo começa de novo.

E então, quem você acha que irá a Casa Branca? Será um republicano ou um Democrata? E como será o governo? Como você acha que o futuro presidente lidará com a economia ou com problemas como o terrorismo? Bom, essas são perguntas que só serão respondidas em novembro.



Por: Matheus Monteiro, Daniel Cunha e Filipe Martins.